Por: Jornalismo Light FM | Foto: Reprodução/TV UFMG
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou hoje (03) a autorização para que a SpiN-Tec, vacina contra a covid-19 desenvolvida no Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), seja testada em humanos.
Segundo os pesquisadores, o chamado teste clínico deve ser iniciado até o fim deste mês, logo após a convocação de voluntários. O ensaio vai selecionar participantes saudáveis de ambos os sexos e com idade entre 18 e 85 anos. É necessário que os voluntários tenham completado o esquema vacinal primário com a CoronaVac ou Astrazeneca/Oxford, e que receberam uma ou duas doses de reforço com a Astrazeneca ou Pfizer há pelo menos seis meses.
De acordo com a Anvisa, o estudo será dividido em duas fases. A primeira terá dose escalonada para verificar a segurança e os efeitos colaterais da vacina. Já a segunda vai investigar a segurança e a resposta imune do produto. Ambas as fases serão realizadas na Faculdade de Medicina da UFMG e no Hospital Felício Rocho.
A SpiN-Tec pode ser a primeira vacina humana totalmente desenvolvida no Brasil. De acordo com o professor Ricardo Gazzinelli, coordenador da pesquisa, a SpiN-Tec é mais estável, pode ser mantido em temperatura ambiente, tem menor custo de produção e é capaz de combater variantes mais fortes.
Nas fases anteriores de testagem, a vacina brasileira não gerou efeitos colaterais adversos e se mostrou eficaz contra diferentes variantes do vírus, demonstrando que houve proteção tanto para casos graves quanto moderados.
O desenvolvimento da vacina é financiado pela UFMG, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).