Por: Renata Valentim/Jornalismo Light FM* | Foto: DPMG/Reprodução
Estão abertas as inscrições para a capacitação “Escola de Convivência Familiar”. A iniciativa da Defensoria Pública de Minas Gerais tem o objetivo de capacitar familiares e cuidadores de crianças e adolescentes que estejam em processo de institucionalização, e orientar, de modo prático, sobre a rede de apoio e os devidos cuidados.
As inscrições podem ser feitas até o dia 1º de setembro, de forma presencial, na Unidade 1 da DPMG – setor Psicossocial (Rua dos Guajajaras, 1707/6º andar – Barro Preto), ou on-line, com preenchimento deste formulário.
Os inscritos receberão vales-transporte (ida e volta) para participarem do curso.
Por institucionalização compreende-se uma série de medidas de proteção que devem ser direcionados às crianças e adolescentes que possuem seus direitos violados.
Serão 12 encontros semanais até dezembro. As aulas têm previsão de início no dia 5 de setembro (terça-feira), no Auditório da DPMG (Rua dos Guajajaras, 1.707/2º andar – Barro Preto).
Serão duas turmas de até 50 inscritos cada: uma na parte da manhã, das 9h às 12h, e outra à tarde, das 14h às 17h, sempre às terças-feiras. O encerramento, com emissão de certificado para aqueles que comparecerem a pelo menos 70% das aulas, se dará em 5 de dezembro.
As discussões abordarão temas como serviços de acolhimento, cuidados essenciais, bons hábitos familiares, comunicação não violenta, técnicas de mediação e conciliação, sexualidade, desafios na adolescência, entre outros.
O projeto é uma parceria entre a Coordenadoria Estratégica de Promoção e Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes (CEDEDICA/DPMG) e a Coordenadoria de Projetos, Convênios e Parcerias (CooProC).
Estatísticas
Relatório divulgado no início de agosto pela organização Aldeias Infantis SOS e publicado pela Agência Brasil revelou que 32 mil crianças e adolescentes estão vivendo em serviços de acolhimento, afastados do convívio familiar, em todo o país. Segundo o levantamento, as regiões Sudeste e Sul do Brasil concentram oito em cada dez dessas crianças.
Segundo o estudo, 25% das crianças e adolescentes que vivem em acolhimentos têm até 5 anos; 27% de 6 a 11 anos; e 5% 18 ou mais. A maioria (44%) tem idade entre 12 e 17 anos. A pesquisa foi realizada entre novembro de 2022 e março deste ano em 23 estados e no Distrito Federal. Foram ouvidas cerca de 350 crianças e adolescentes sob a guarda do Estado em mais de 250 serviços de cuidados alternativos.
(Com informações da DPMG)