Por: Priscila Mendes/Jornalismo Light FM
Foto: Freepick
O Governo de Minas anunciou, nesta terça-feira (28/10), a oferta gratuita, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o teste genético para detecção de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, associados aos cânceres de mama e de ovário hereditários.
Segundo o Governo, o Estado vai investir R$ 1,1 mil por teste, com 2 mil exames previstos por ano, totalizando mais de R$ 9,8 milhões em recursos. O investimento inclui o cofinanciamento dos procedimentos clínicos complementares, garantindo o acompanhamento integral das usuárias na rede pública.
A iniciativa cumpre a Lei Estadual nº 23.449 e será voltada a mulheres com histórico pessoal ou familiar das doenças, consideradas de alto risco genético, conforme critérios definidos em resolução específica da Secretaria de Estado de Saúde.
Mamografia ampliada
Além de disponibilizar o teste genético gratuitamente, o Governo do Estado anunciou a ampliação da realização dos exames de mamografias pelo SUS em Minas Gerais para mulheres de 40 a 74 anos, com realização a cada dois anos. Até então, o procedimento era garantido apenas para a faixa etária de 50 a 69 anos.
Diagnóstico e tratamento
Os testes serão realizados por meio de convênio com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que também irá promover capacitações e discussões de casos clínicos com médicos e enfermeiros, especialmente por meio do Telessaúde.
O programa de testagem está previsto para começar no início de 2026, após a formalização do acordo com a UFMG e a definição das etapas operacionais junto à rede pública de saúde.
O exame utiliza uma amostra de sangue ou saliva e dispensa jejum. O resultado pode ser positivo, negativo ou inconclusivo, e um resultado positivo não significa o desenvolvimento da doença, mas indica risco aumentado que requer acompanhamento contínuo.
Além do diagnóstico genético, o SUS garante todas as modalidades de tratamento, como cirurgias, reconstrução mamária, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e terapias-alvo, conforme o tipo e o estágio da doença.
Os casos suspeitos serão encaminhados pelas Secretarias Municipais de Saúde às Comissões Municipais de Oncologia, que organizam o atendimento nos hospitais habilitados.
A Secretaria de Estado de Saúde ainda irá publicar uma normativa específica com as diretrizes, fluxos e critérios técnicos para a execução dos testes.
